Equiparo as ondas do mar da vida com o texto do Livro da Sabedoria, capítulo 19, onde se relata a passagem do Mar Vermelho.
Lendo com profundidade, podemos observar que, todos sofremos, como no texto aponta os sofrimentos dos dois povos, os estrangeiros, e os egípcios.
Contudo, o que difere entre um povo e outro, é a conduta, é a escolha.
Nos sofrimentos temos dois caminhos, sendo o primeiro como reconfortante e de esperança, e que no final tudo contempla pela misericórdia recebida e pela contrição do coração, que se torna puro e cheio de fé, e o segundo como revolta, onde observamos o escurecimento do coração com os sentimentos de ódio e rancor, tornando as atitudes violentas e insanas.
Será que conseguimos compreender estas palavras transportadas para os dias de hoje?
Conseguimos ver como as atitudes impetuosas continuam a ser propagadas nos nossos países, nas diretrizes das políticas públicas, nas sociedades como um todo, impondo seus desejos e vontades, insanos em sua maioria, causando dores, fome, desastres naturais, cólera, injustiças, mortes, e consequentemente a tudo isso, um desprezo funesto pela vida humana?
Essa leitura mencionada acima, nos relata a passagem do mar vermelho, pelo povo que clama a Deus pela libertação, e de outro lado, outro povo incomodado com os males recebidos, causados por sua própria violência e tirania, mesmo assim avisados por estes males a recuarem e deixarem partir este povo a qual dominavam, ainda assim não convertidos, quiseram perseguir mudando de ideia logo após concordarem com a libertação, saem em perseguição, e no momento em que o mar se abre para que o povo de Deus, a pé enxuto, passe por terra seca, cantando, louvando a Deus pela maravilha que vivem no momento, mostrando a esperança e a fé que o levavam para a salvação, fica o contraste do outro povo, irado e cego por sua maldade, tentam perseguir, e não enxergam o tempo mudar, e a possibilidade daquele mar se fechar sobre eles, trazendo todo o peso e a pressão daquelas águas sobre seus ombros, levando-os a morte, e consequentemente a sua aniquilação total.
Quando aprofundamos nosso conhecimento quanto as coisas santas, como nossas vidas que são tão caras, e que são santificadas pelo nosso trabalho, pela nossa conduta, pelos nossos desejos, vemos que o caminho a seguir é muito simples.
As dores, sofrimentos, dívidas, calúnias, ódio, inveja, entre tantos outros movimentos que fazem parte da nossa vida humana, nunca deixarão de existir.
Mas a boa notícia é, que todas são transpostas por nós, quando sabemos o que fazer com cada uma destas, de modo que, a partir de um sentimento mal, ou de um problema que temos pela frente, nosso espírito, nossa alma, trabalhará para nós, trazendo-nos calma e sabedoria, basta que busquemos junto a Deus, essa comunicação. Fora disso, o sofrimento em demasia pode nos afastar demais de nossa condição espiritual, fragilizando qualquer ação que pretendamos ter, e consequentemente, nos colocando em situações vulneráveis.
A comunicação com o criador nos torna dia a dia, mais piedosos conosco e com nosso semelhante, sendo assim educados pelo próprio Deus em nossa conduta a realizarmos ações de bem para com a família e a todos os que cruzarem nosso caminho. Esse diálogo pessoal e intransferível, deve ser observado por nós a todo momento, pois Deus fala, e nós precisamos ouvir.
Estamos fazendo nossa parte, ensinando nossos filhos a terem fé no Deus criador de todas as coisas?
Lemos a Bíblia com eles, mostrando como Deus deixou o caminho o qual devemos seguir e obedecer? Praticamos em família essa educação, que é responsabilidade dos pais na educação religiosa da fé aos filhos concedidos a nós pelo próprio Deus?
Que não seja tarde quando pararmos para observar que tivemos tudo em nossas mãos, e que deixamos escapar, porque estávamos preocupados demais em nos salvar, e na verdade, ficamos nos perdendo no tempo sem o objetivo maior a ser buscado, que é a amizade com Deus, seus ensinamentos, como filhos obedientes que devemos ser, para um dia nos apresentarmos a Ele com um sorriso no rosto, com alegria incomparável no coração, e com a certeza que fizemos o nosso melhor para honra e glória do seu Santo Nome.
Na passagem do mar vermelho, podemos sentir os dois lados, o alívio da salvação sobre os ombros dos que buscaram a Deus, sua alegria e cantos de louvor em agradecimento, e de outo lado, o peso da escolha sem Deus, da cegueira do ódio e da perseguição, o peso da morte.
Tenhamos todos a melhor escolha, Deus no comando de nossas vidas!
Fé e paz, base de uma felicidade sem limites!