Quando crianças, observávamos todos os movimentos de nossos pais, pois assim aprendemos com eles a iniciar nossas vidas próprias.
Infelizmente, não temos tantos relatos de bases familiares bem estruturadas, pelo contrário, há muito tempo nossas famílias parecem vir se degradando cada dia mais, com novos conceitos e com muita abrangência de que tudo se pode, que todos têm seus próprios direitos, de que o que importa é “ a minha felicidade”.
Importante neste fato, é enxergarmos a nossa falta de educação emocional, pois quem pensa desta forma, está absorvendo os equívocos que a sociedade nos impõe, simplesmente com o intuito de disseminar a falta de controle total sobre as emoções e que o consumo se torne cada vez mais apropriado como recompensa das frustrações vividas.
A escola familiar deve ensinar o amor mútuo, a caridade entre seus pertencentes e aos demais que forem encontrando pelo caminho. O egoísmo e a falta de conhecimento por parte de alguns pais, os tornam autoritários e defendem dentro dessa máscara, que o caminho é a obediência severa, sem considerar o outro, sucumbindo muitas vezes, a criatividade e o diálogo entre filhos e pais.
A caridade entre os entes da família, como nos mostra tão belamente o Papa Francisco, faz-nos refletir sobre essa onda que vem a tempos destruindo famílias, deixando filhos órfãos de pais vivos, e transformando nossa sociedade no que vemos hoje, verdadeiro caos emocional.

Lindamente nos exorta ao pensamento crítico de nós mesmos, de nossas atitudes para com nossos filhos, entre esposos e esposas, com nossos idosos, com os mais vulneráveis, e nos questionamos ao que precisamos mudar.
Facilidades desta vida atual, levam os pais a quererem dar sempre o melhor aos filhos, outros a si mesmos, e se esquecem que o mais importante é o AMOR, a CARIDADE, e a virtude da PACIÊNCIA entre todos.
A base familiar deve contar sim com o que de melhor for possível proporcionar às nossas crianças sem dúvida, mas pessoas crescerem sem as bases fundamentais da tolerância, do serviço ao outro, e do amor a Deus qual nos faz sentir a saciedade de nossas almas e conforto em nossas mentes, isso sim deve ser computado e muito bem administrado por pais responsáveis pela felicidade e orientação de seus filhos.
Desta forma, a saúde de todos da família também é preservada, pois muitas doenças que se acometem por motivos de acúmulo de insatisfações e tristezas, frustações, causadas dentro de nossas casas, e que reprimidos e sem entendimento entre os entes da família, tornamos muitas vezes, nossas vidas em verdadeiro caos de emoções não resolvidas.
Essa base é fundamental entendermos que, em não sendo considerada, por vezes tomamos decisões importantes durante o dia, contaminados por sentimentos que não estão devidamente controlados, afetando no resultado e muitas vezes, como consequência, nos levando a dívidas e prejuízos desnecessários.
Com muito amor e dedicação, cuidados no ensinamento de nossos filhos, com exemplos no trato com idosos, com ajuda aos mais necessitados, com caridade no falar e no olhar, bem como para rezar por aqueles que tanto precisam e as vezes não podemos ajudar, tudo isso torna nossos corações abertos para receber e dar mais amor.
Criando filhos caritativos, preocupados também com o bem-estar de todos, não só de sua base familiar, teremos jovens mais conscientes, adultos mais tolerantes, e assim, uma sociedade mais próspera e emocionalmente equilibrada.
Ninguém vive completamente sozinho, precisamos sempre de um apoio, uma palavra, um conselho, um abraço, um cuidado, e pensemos primeiro em estar prontos para dar do que a receber, e todo o universo será transformado para nós e para todos.
Shirley Ferreira - Mentora – Natal/RN – 18/09/2020.
Fontes:
Exortação apostólica Amoris Laetitia, papa Francisco
Coleção Magistério
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