SÍNDICO – O QUE ESSA PALAVRA SIGNIFICA?

Em comemoração ao dia do síndico, 30 de novembro em todo Brasil, vamos explorar neste texto os significados e o sentido ativo do profissional chamado síndico.

A origem da palavra síndico, conforme no google se apresenta, é proveniente do grego “sýndikos” que significa “patrocinador da justiça”.

Em sentido atual, o síndico é o representante de uma comunidade de pessoas, moradores de um determinado território, que necessitam de controle de comportamento e de funcionamento das instalações que servem a todos.

Para tanto, fica em situação difícil para um morador condominial ser indicado para esta função, sem que tenha um mínimo de preparo para o encargo, que em todas as circunstâncias, dependerá da sua desenvoltura e do seu conhecimento para melhor realizar as necessidades que se apresentarem. 

A legislação brasileira diz que, qualquer pessoa, física ou jurídica, pode exercer a função de síndico, por 2 anos de mandato, podendo ser reeleito por igual período, ou de acordo com a convenção do condomínio, porém, as responsabilidades do síndico pela mesma legislação, colocam em evidência as suas responsabilidades civis e penais na sua pessoa, ou seja, responderá civil e até criminalmente por ato praticado durante suas funções.

No caso da falta de preparo, o síndico eleito, poderá receber uma administração com problemas de vícios anteriores, e não estar com os esclarecimentos necessários para dar continuidade e até as soluções para os casos em pendência anteriores ao seu mandato.

 


síndico no Brasil, é como ser um empresário, que deve dar conta de toda uma estrutura de trabalho, com funcionários, que são os zeladores e vigias, e seus clientes, que no caso são os moradores, além dos proprietários, os inquilinos do condomínio, os prestadores de serviços, entre outros.

O controle das despesas costuma ser rígido em todos os condomínios, mas as despesas extraordinárias existem, são constantes, e para dessabor de muitos, são fundamentais as convocações de assembleias para aprovarem as demandas maiores e de peso significativo.

Agindo desta forma, o síndico traz consigo o apoio dos moradores, porém os desgastes sempre vão existir, sendo que a unanimidade é quase impossível na maioria dos casos, o que prejudica em muito essa não união efetiva de todos os condôminos a respeito de determinada demanda.

Quando uma decisão precisa ser tomada com certa urgência, por exemplo, um problema que possa causar algum dano maior ou traga perigo iminente aos moradores, como um telhado com demonstrações de rupturas importantes, colocando em risco a vida das pessoas, este procedimento poderá ser executado de urgência pelo síndico, o qual contribuirá para o uso adequado dos recursos na finalidade de proteger de forma efetiva as pessoas residentes do local.

O bom funcionamento de todos os itens, com um controle por lista de importância e periodicidade de manutenção, depende do trabalho contínuo do síndico, que elabora orçamentos, expõe o problema, contrata os profissionais hábeis para o serviço, e conclui com o pagamento e certificado daquela finalização. São funções que não podem ser transferidas para nenhuma outra pessoa, ao menos que seja assim decidido em pauta específica de reunião de assembleia. Assim também tudo o que se arrecada, o síndico acessa esses recursos, faz a manutenção de todo o condomínio, paga seus funcionários e aplica os recursos excedentes.

Porém, a dura realidade dos fatos financeiros de muitos condomínios, em casos recorrentes de inadimplência, faz com que o síndico necessite de apoio jurídico nas cobranças condominiais, trazendo assim custos que podem não estar elencados no orçamento anual. Esse item é um dos mais falhos em relação aos orçamentos, pois além de necessitarem dos recursos para os pagamentos ordinários, na falta destes, ainda demandam de recursos para estes extraordinários, como custos jurídicos e custos de cartório para os inadimplentes.

Passada toda essa demanda explanada nas linhas anteriores, temos ainda as questões de cunho pessoal e social, como desavenças entre vizinhos, acontecimentos com os pets das mais diversas possibilidades, uso indevido das áreas comuns, vagas de estacionamento com carros desalinhados de suas demarcações, entre tantas outras ocorrências, que nem poderíamos a tudo mencionar, sendo esse seu acúmulo de funções que desgastam e muito o síndico do condomínio.

Merece nossa total atenção e respeito o nosso síndico morador, cuja remuneração parte da convenção condominial, podendo até nem existir tal remuneração, mas também aos profissionais síndicos que se dispõem a trabalhar com o intuito de facilitar a vidas dos moradores de uma comunidade específica, fazendo deste trabalho uma profissão de muita coragem e determinação, e com muita alegria e agradecimento, dedicamos aos SÍNDICOS DE TODO O BRASIL, nossas considerações de um futuro cada dia melhor e de condições cada vez mais apoiadas por todos para que possam exercer com maestria essa tão necessária postura de coordenação dos mais diversos condomínios em todo o nosso país.

 

Natal, 01 de Novembro de 2023.

 

Shirley Ferreira - Mentoria

 


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