Dentro de nós existe a consciência, lugar sagrado onde só nós conhecemos e é impossível outra pessoa adentrar ou ter qualquer influência no que lá está.
Cada um de nós, tem o dom de interpretar as situações, e então gravá-las em nossas mentes, deixando ali um fio de questionamento de aprovação ou desaprovação das coisas. Sempre temos, cada um de nós, a perfeita capacidade de julgar cada acontecimento em nossas vidas e guardá-los para posterior consulta no futuro.
Vamos nos enriquecendo dia a dia com informações, estudos, vivência afetiva familiar, nossos negócios, nossos contatos profissionais, decisões, erros e acertos, dúvidas, mágoas, vergonha, dificuldade, humilhação, tristeza, alegria, e tantos outros sentimentos que nossas vivências nos trazem e absorvemos a cada um, que então nos possibilitam a criação de uma unidade de valor das coisas e sentimentos, e depositamos no nosso arquivo de consulta: nossa consciência.
Nestes dias difíceis, onde mal comemos por conta do tempo, estamos perdidos em relação à consulta de nossos arquivos. Essa reflexão é muito importante, pois dela você poderá tirar uma nova lição, e voltar a aprender a ter tempo para a sua vida.
O que realmente precisamos é enxergar nossa consciência repleta de informações, e então colocar em prática o que aprendemos de bom, deixarmos a contaminação do mundo para trás e saltar os olhos para o futuro, para o que realmente importa.

A importância que damos a nós mesmos, deve ser de maneira frutífera, e não de qualquer maneira egoísta ou preconceituosa. Nosso julgamento deve ser aberto e abrangente nas ideias dos porquês da vida. O porque viemos e para que viemos, e como construir um mundo ao nosso redor que seja mais suportável e tolerável pelo ponto de vista da fadiga que sentimos nestes dias, como podemos proporcionar aos outros uma delicadeza que só a vida em harmonia pode nos dar, como podemos nos doar aos outros e nessa questão, reside o fator importante de toda a cura e aprendizado, o doar-se.
A família, deixada muitas vezes de lado por conta do trabalho, a questão dos filhos que crescem e não teremos nova chance de jogar com eles no mundo deles a brincadeira do conhecimento e do amor, nossos pais que não teremos também tanto tempo mais juntos e nem nos damos conta disso, enfim, são momentos que todos nós devemos ter e que devemos preservar, cultivar, e não devemos permitir que seja retirado de nós sem nosso consentimento.
Quando em seu livro “Por onde for o teu passo, que lá esteja o teu coração”, o padre Fábio de Melo ressalta nossa consciência, ele nos mostra que nos encontramos todos nesta mesma situação da pressa, da rotina que destrói, e abre a janela das necessidades do coração que não tomamos nem conhecimento e deixamos passar.
De certa forma, sermos bons empresários está ligado ao nosso bem-estar conosco mesmos. Como podemos gerir uma empresa, negócios, decisões, destinos de outros, sem estarmos com o equilíbrio consciente preparado? Certamente teremos muito mais dificuldades de encontrar a exatidão das coisas e no momento oportuno.
Ter cuidado consigo, parar para refletir nossos próprios sonhos, planos, e sabermos o que realmente deseja o nosso coração, faz parte integrante de uma receita de sucesso para qualquer pessoa. Cuidar de si é cuidar de tudo, pois em cada um de nós está a solução de todos os problemas.
Essa humildade que devemos ter conosco, de parar e ouvir o que diz o coração e nossa consciência, tem benefícios de felicidade e assertividade abundantes.
Antes de focar no trabalho, tenho foco em seu coração e sua consciência.
Uma vida nova te espera.
Shirley Ferreira - Mentora – Natal/RN – 22/09/2020.
Por onde for o teu passo, que lá esteja o teu coração : um diálogo com a consciência, a menina interior / Padre Fábio de Melo. – São Paulo : Planeta do Brasil, 2019.
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