A atual geração de jovens, vem sofrendo as consequências de um mundo que está se tornando mais digital a cada dia. Com isso, as dificuldades de um primeiro emprego se ressaltam com as notícias que temos sobre a não colocação destes meninos e meninas que precisam começar de alguma forma, sem o auxílio e incentivo necessários para seu primeiro emprego, colocação profissional inicial importante para desenvolvimento profissional de todo indivíduo.
No assunto de hoje, o texto de uma adolescente, minha filha de 15 anos, que fez uma redação para seu colégio, onde colocou muito bem sua explanação de ideias sobre o assunto. Segue o texto na íntegra:
“ A geração atual é a mais tecnológica que já existiu, e vem ocupando cada vez mais espaço na sociedade, principalmente nos meios profissionais, de forma positiva e também de forma negativa. Sendo assim, é preciso que estratégias sejam aplicadas para diminuir as dificuldades profissionais dos jovens, que possuem como causas de dificuldade, a falta de experiência e a fragilidade emocional.
Primeiramente, a falta de experiência e maturidade podem ser considerados como um dos principais desafios profissionais para os jovens da atual geração. Além de que com os avanços tecnológicos, cada vez mais aparentes no cotidiano, em breve haverá menos vagas de emprego, já que as pessoas irão ser substituídas por robôs. Logo, a maturidade e experiência serão mais requisitadas profissionalmente.
Por conseguinte, a fragilidade emocional traz a questão de como os pais educam os filhos, já que não sabem lidar com frustrações e perdas. Assim, a sociedade e a família diferenciaram a forma de ensinar e lidar com o mundo, protegendo-os ao máximo de qualquer frustração. Logo, essa “proteção” faz com que os jovens se tornem mais frágeis para a vida profissional.
Portanto, é preciso que as escolas e a família, em parceria com a prefeitura, promovam rodas de conversa e debates sobre esses desafios e suas possíveis soluções. No ambiente escolar, tais eventos podem ocorrer no período extraclasse, contando com a presença de professores e especialistas no assunto. Além disso, esses eventos não devem se limitar aos alunos, mas ser aberto à comunidade, a fim de que a população compreenda questões relativas ao tema e se tornem cidadãos mais atuantes na busca de soluções, além do amadurecimento dos jovens. “
De acordo com a sugestão da adolescente, rodas de conversa entre autoridades, escolas e famílias, deveriam ser prioridade nas agendas de soluções dos problemas da sociedade, pois bem sabemos que eles são o futuro desta geração, tão alterada pela digitalização mundial.
Preocupações com o emprego, com a profissão a escolher, sempre assombraram os adolescentes, que possuem uma inconstante atuação emocional, a qual nesta fase está em formação, mas hoje em dia, se tornam mais vulneráveis que o normal, juntando todo o processo de mudanças da contemporaneidade e somado a uma pandemia que restringiu drasticamente sua condição social.
Atividades de autoridades governamentais neste sentido, podem encontrar solução neste momento forte de necessidade de atenção para nossos jovens, e entidades particulares também podem somar ideias e provocar conferências sobre o assunto para que haja uma mudança positiva na atenção aos nossos jovens que precisam se sentir incluídos e bem recebidos neste mundo tão complexo.
Para tantos adultos o momento está sendo muito difícil, alterando nossa socialização com o mundo, com amigos e familiares, então se torna preocupante aos que precisam começar essa socialização e não tem como fazer sem a ajuda necessária.
Tenhamos consciência de nossa responsabilidade no futuro destes jovens, onde o amor, o cuidado, o zelo pela boa educação, a interação, a positividade, entre tantos outros modos de benfeitoria ao emocional de nossos aprendizes, tornarão suas vidas em constante aprendizado e alegria na condução de seus pensamentos com a gratificação de terem conseguido superar cada obstáculo que a vida propuser a cada um.
Há sempre um jovem precisando de cada um de nós!
Shirley Ferreira - Mentora – Natal/RN – 09/10/2020.
Fonte:
Daniela Ferreira Wolf
Redação outubro 2020